Opções Naturais para a Sua Árvore de Natal
O encanto pelas árvores de Natal naturais está de volta e nós estamos absolutamente radiantes por esse facto. Contudo a globalização das “árvores” de plástico foi (e é!) de tal forma evidente que sentimos existir necessidade de abordar este tema mais pormenorizadamente, para que adoção da sua nova árvore seja positiva e tudo corra pelo melhor.
Neste sentido hoje iremos abordar quais as principais razões para optar voltar ao tradicional, as espécies mais adequadas para servirem o propósito e simbolismo de árvore de Natal, como a escolher no meio de sem fim de árvores iguais e como cuidar e manter o seu novo elemento natural.
Porquê uma árvore natural
Se este ano procura uma nova árvore de Natal para a sua casa ceda às tentações das “árvores” de plástico e deixe-se levar pelo apelo natural das verdadeiras árvores.
Existem várias razões para que esta decisão seja importante, nomeadamente: a sustentabilidade, o apoio à economia local e a experiência sensorial.
Por regra a plantação de árvores de Natal ocorre em viveiros específicos que estimulam a plantação consecutiva de árvores, o que previne o abandono de terrenos ou o cultivo nos mesmos de árvores com potencial de incêndio ou de dano para o ecossistema circundante. Se optar por um produtor local ou nacional ainda tem a vantagem de estar a contribuir para apoiar a economia do país, ao invés de comprar um artigo provavelmente produzido fora da UE e em condições duvidosas.
Adicionalmente este tipo de árvores são reutilizáveis, depois do Natal pode plantá-las no exterior, oferecê-la a quem o possa fazer, ou reaproveitá-la para lenha. Como elementos naturais são também totalmente biodegradáveis, pelo que podem ser compostadas ou entregues aos serviços municipais como resíduos verdes para aproveitamento.
Por último, mas não menos importante, destacamos o ambiente sensorial que se cria em qualquer divisão com a presença de uma árvore deste tipo, o seu aroma fresco e agradável, que muitos de nós associamos naturalmente ao Natal, e o foco de decoração que constituem quando posicionadas num local de destaque.
Todas estas vantagens são enormemente contrastantes com a realidade de adquirir uma “árvore” de plástico: são fabricadas com materiais e por processos insustentáveis, em países provavelmente longínquos e o seu único fim consiste em definhar em aterros durante séculos, uma vez que não são recicláveis, nem degradáveis.
Espécies de árvores mais recomendadas
Para alcançarmos o aspeto de árvore de Natal que normalmente associamos a este símbolo, com cor verde ou mistura de tons azuis ou cinzas, e forma piramidal, os especialistas recomendam as seguintes espécies:
- Abies nordmanniana: consiste na conífera mais popular para este fim. As suas folhas são agulhas de cor verde escura e tonalidade brilhante. Tendem a soltar menos agulhas quando secam, mantendo o aroma e a cor.
- Picea abies: variedade com agulhas mais pequenas, mais finas e de cor verde mais clara.
- Picea pungens: espécie de árvore de cor cinzenta azulada.
Para compras arrojadas e diferentes pode ainda experimentar zimbros (Juniperus comunis) ou falsos ciprestes (Chamaecyparis lawsoniana), que conferem aromas pungentes e uma forma diferente de decoração.
As três primeiras espécies mencionadas são efetivamente cultivadas e comercializadas em Portugal, pelo que ser-lhe-á simples adquirir um exemplar, online ou em estabelecimento físico.
Como escolher a sua árvore numa loja física
Já sabe qual a espécie que pretende contudo antes da compra ainda recomendamos que dê mais alguns passos para prevenir enganos ou desacertos, nomeadamente: a escolha do local onde colocará a sua árvore.
Sendo elementos naturais e de exterior estas árvores, para se manterem vivas e vistosas, dentro de casa necessitam de luz solar indireta. Assim escolha um local com luz, afastado de zonas de calor, como fogões, aquecedores ou lareiras, preferencialmente também afastado de zonas de passagens e junto de alguma tomada (para conseguir ligar as luzes).
Definido o local à-que proceder a algumas medições: a altura máxima que a árvore deve ter (recomendamos que deixe sempre pelo menos 30cm livres da árvore até ao teto) e o diâmetro máximo, para que não interfira com o resto do espaço e acabe por ser abalroada durante a normal movimentação de pessoas.
Com todas estas informações em mãos está pronto para se deslocar ao viveiro. Deve optar por árvores com odor agradável, não a mofo, frescas (se puxar por um galho não devem sair muitas agulhas) e não doentes nem infestadas (pode confirmar isso mesmo olhando para o tronco e galhos e observando a não existência de manchas ou pontos). Se alguma destas condições se verificar não compre essa árvore, escolha outra ou outro viveiro.
Como cuidar e manter uma árvore natural
Se a árvore que comprou tem raiz mantenha-a no vaso e regue-a regularmente, mesmo após toda a decoração de Natal montada.
No caso das árvores sem raiz, ou seja, aquelas que têm o tronco cortado, quando chegar a casa serre o tronco cerca de 2cm na base e mergulhe-a em água durante algumas horas para que se mantenha bonita durante mais tempo. Garanta que o corte é reto para que a base permita que a árvore se mantenha direita. Coloque o tronco molhado num balde com areia para o suportar devidamente e manter a humidade.
Antes de colocar as decorações pulverize água à temperatura ambiente nas ramagens para que recebam mais humidade e deixe secar naturalmente.
Evite utilizar neve artificial ou muitas decorações pois obstruem e secam a folhagem.
Após o Natal, se a sua árvore tem raiz não perca a oportunidade de a plantar num local soalheiro, mas não muito quente, e regue regularmente, ou ofereça-a a quem sabe que irá cuidar bem dela.
Se a sua árvore não tem raiz, utilize os seus ramos para decoração ou aromatização (por exemplo de vinagres de limpeza e casas de banho) e o seu tronco para lenha, ou ambos para composto.
Esperamos que estas dicas o deixem mais preparado para um Natal tradicional onde a árvore natural volta a reinar na decoração.
Se estiver à procura de uma nova árvore experimente as opções verdadeiras e garantimos que não se irá arrepender, pois o ambiente, o aroma e o tipo de decoração que providenciam é totalmente diferenciador e compensador. Experimente. Dê uma nova oportunidade ao natural.
Não deixe também de conhecer uma publicação anterior sobre alternativas a árvores de Natal na qual propomos ainda mais opções naturais e económicas.