Plantas Tóxicas para Cães e Gatos

Plantas Tóxicas para Cães e Gatos
Fotografia de Vineeth Kumar / Unsplash

Se é amante de plantas como nós então provavelmente tem inúmeros destes seres verdes, e não só!, espalhados a embelezar as divisões interiores e eventualmente o exterior. Se assim é saiba que, se a sua casa também partilha espaço com patudos, sejam eles gatos ou cães, algumas plantas apresentam propriedades tóxicas que são importantes ter em consideração.

Isto significa que se o seu patudo aprecia esfregar-se nas folhas, mordiscar ou comer partes de plantas ou cavar na terra dos vasos, poderá ter um problema em mãos.

Antes de ir a correr deitar os vasos fora (por favor não faça isso!) tire alguns minutos para ler esta publicação que esperamos possa auxiliar a uma convivência segura entre plantas e animais.

Fotografia de Huy Phan / Unsplash

Comecemos pelo início. Quando nos referimos a plantas tóxicas o termo não é utilizado para se referir a nenhuma propriedade aérea que as plantas possam ter, ou seja, possuir plantas em casa nada tem de tóxico. Pelo contrário. A existência de plantas nas várias divisões da casa (no quarto inclusive) é benéfica, pois durante o seu normal metabolismo diurno, a denominada fotossíntese, estes magníficos seres capturam dióxido de carbono da atmosfera e libertam oxigénio. Assim, ao termos plantas no interior de casa estamos ativamente a contribuir para melhorar a oxigenação e a humidificação das divisões.

Para uma informação completa revelamos também que as plantas realizam um metabolismo diferenciado à noite, a respiração, no qual capturam oxigénio e libertam dióxido de carbono. Contudo a quantidade capturada é tão reduzida, pois este processo é muito menos intenso, que não apresenta qualquer impacto na atmosfera das divisões.

🍀
Se as plantas de interior são um tema de interesse para si conheça algumas Plantas Purificadoras de Ar.

Fotografia de Leen / Unsplash

Assim é possível compreender que a presença de plantas no interior de casa não é perigosa.

Quando utilizamos o termo “tóxica” referimo-nos à capacidade defensiva da grande maioria das plantas contra os seus predadores, de modo a assegurar o seu desenvolvimento e reprodução. Esta tática cumpre-se com a produção de substâncias químicas que se alojam em determinadas parte da planta, mais comummente nos caules, folhas e flores.

Desta forma se uma planta com esta capacidade defensiva sentir que está a ser atacada, o que acontece quando os patudos lhes mexe, mordisca ou come, libertará estas mesmas substâncias com propriedades de toxicidade variada. Nestes casos podem ser observados inúmeros sintomas sendo os mais comuns: mal-estar, irritação dérmica, salivação, vómitos, tonturas, diarreias, e em casos muito raros de ingestão prolongada e em grandes quantidades, o coma e a morte.

Na realidade estas capacidades defensivas podem também afetar os humanos, quando manipulamos as partes da planta que contêm as substâncias por longos períodos de tempo, o que pode ocasionar sensibilidade dérmica, comichão, ardor e reação inflamatória local.

Greenery
Fotografia de Prudence Earl / Unsplash

Pode achar que as plantas que tem em casa, devido à sua proveniência comum, não possuem estas propriedades, mas acredite, pode estar errado.

Não era viável nem possível deixarmos aqui uma lista enormíssima de plantas de interior tóxicas para animais, assim, recomendamos que sempre que adquire uma planta saiba o nome comum ou científico da mesma e pesquise as suas características, nomeadamente se é ou não tóxica para animais. Na dúvida não compre ou aceite a nova planta.

Para auxiliar a sua pesquisa apresentamos um pequeno resumo com alguns nomes de plantas de interior comuns nos lares portugueses e que são efetivamente perigosas para animais de estimação quando ingeridas: Costela de adão (Monstera deliciosa), Espada-de-são-jorge (Sansevieria trifasciata), Dracenas (como por exemplo a Dracaena Lemon Lime), figueiras de interior (como a tão na moda Ficus lyrata), Antúrios, Filodendros, Estrela-de-Natal (Poinsétia).

Por curiosidade adicionamos também algumas plantas de exterior comuns: Estrelícia (Strelitzia reginae), Azáleas, Azevinho, Crisântemos, Dedaleira (Digitalis purpurea), Hera, Hortênsias (Hydrangea arborescens), Jarro (Zantedeschia aethiopica), Jasmim amarelo, Junco, Lírio-dos-vales, Lírio da paz, Loureiro, Narcisos, Prímulas, Rododendros, Ruibarbo e Tulipas (Spathiphyllum wallisii).

Real life best friends
Fotografia de Krista Mangulsone / Unsplash

É importante reter que: deve saber a espécie de todas as plantas que tem em casa, no interior e no exterior, conhecer bem as suas características e, no caso de serem tóxicas para os seus animais, afastar a planta do alcance para evitar qualquer tipo de contacto ou tentativa de mordidela. Se, mesmo assim, ficar com receio remova a planta e ofereça-a a quem não partilhar o seu espaço com patudos.

Esperamos que esta publicação o tenha alertado para uma problemática comum, e tantas vezes ignorada, e o ajude a compreender como salvar o seu animal e prevenir acidentes.

Aproveitamos para informar que, em caso de intoxicação, deve levar o seu animal ao veterinário o mais rapidamente possível, para que lhe seja induzido o vómito de forma correta, e possa ser analisado e observado por profissionais até que esteja em segurança.

Murta Atitude Natural

Murta Atitude Natural

Microempresa portuguesa dedicada à promoção de um estilo de vida sustentável valorizando o que de melhor se faz no nosso país. Com novidades regulares no Blog e Loja Online. Esperamos por vocês!